GERÚNDIO
Afugentando a dor,
Podemos relembrar
Que todo êxtase em cor
Já foi um só mar
Das auroras do amor
Mais suave e mais lídimo....
Domesticando o mar
Dos sentimentos cruéis,
Saberemos sonhar
Além dos vis escarcéis
Em cada verso que há
Entre nós e o mundo...
Distraindo o abismo de nós,
Escaparemos do precipício profundo
E já não estaremos tão sós
Neste espaço do vento imundo
Enquanto o tempo nos quiser
Indelevelmente livres...
E, assim, continua escrevendo a vida,
Valente em vácuo além da chama,
Transfigurando a cor nunca esquecida
De quem luta, lida, batalha e ama.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 13/01/2007