ERGA OMNES
Contra toda avareza, o caos
Contra toda tristeza, o perdão
Contra toda injutisça dos maus,
Um resquício dos dias que vão
Contra todo insucesso, a verdade
Contra o mal do universo, a razão
Contra a destruição da cidade
Bem no cerne do seu coração
Contra tudo que se esvai como vento
Em cada momento de pura paixão
Não há como negar sentimento
Às cores de cada estação
E contra o nada de anos inteiros
Perdidos neste vácuo do não
Sim, eu sou contra chiqueiros
Que se camuflam de pura ilusão
E contra toda cobiça que existe
Em cada átimo de destruição
Contra todo sorriso mais triste
Sempre persiste no inverno o verão
Contra todos, há réquiens de nada
Contra o nada, a sombra de tudo
Contra tudo o que vem e que brada,
Erga-se, amor, como meu próprio escudo !
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 13/01/2007