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ESTRADA DE DESILUSÕES
Tu chamas a alma de estrada,

Fazendo das chamas a entrada dos sonhos

E, sozinho, tu choras a desilusão do nada

Como se tudo desfalecesse nos céus medonhos...



Tua alma, solitária, clama por bondade

Mas onde acabará a chama da violência,

Enquanto tuas parcas pernas perambulam pela cidade

Onde se queima o ônibus da mais sublime essência ?


Tens o sonho, mas o mundo é vil

Tens essência, mas o mundo não a valoriza

Neste parco tempo que já sucumbiu

Nesta tênue aurora de uma alma em brisa...


Talvez tenhas tudo que o mundo não aprecia

Tu não tens dinheiro, mas versos

Tu não tens poder, mas prosa

Neste brilho opaco destes universos

Perdidos na vastidão de uma cor lustrosa

E diluída no âmago de tua essência...



E mais uma vez tu chamas a alma de estrada,

Fazendo das chamas a entrada dos sonhos

E, sozinho, tu choras a desilusão do nada

Como se tudo desfalecesse nos céus medonhos...


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www.julianavalis.prosaeverso.net
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 13/01/2007
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