MEZZO A MEZZO
Juliana Valis
Como quiseste ser apenas mais um sonho
Se em teu olhar agreste reluzia o sol ?
Em meio às nuvens cálidas do céu medonho
Iluminando o tempo com mais um farol
Como pudeste ser apenas meio do próprio fim
Se em tua mente altiva cabia o mundo ?
No âmago das emoções que vão sempre assim
Mergulhando a alma no amor profundo
Sim, pudeste ser metade de quem eu sou
De quem eu fui, de quem serei um dia
Com tanta garra, e tanto sonho, e tanto ardor
E, assim, transformaste a mais sublime essência
Do vão inverno que no meu ser havia
Sem tanta luz, sem tanta cruz, sem complacência...
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 13/01/2007
Alterado em 19/01/2007