ANESTESIA
ANESTESIA
Queria passar incólume pela estrada dos dias,
Rindo de tudo, sem questionamento,
Sem me estressar quando fecha o tempo,
Sem divagar nas hipóteses vazias...
Queria, mas não consigo ser indiferente
Ou ser egoísta, insensível, fria,
E muitos ainda sugam a paz que há na gente
Quando a alma precisa de uma anestesia...
Sim, queria não precisar escrever entrelinhas,
Queria apenas dizer suavidades
E costurar ilusões suas, nossas, minhas,
Pregando os botões das verdades...
E tudo isso pode ser tão patético,
Tudo isso pode ser trivial
E tão pacato como um sonho anestésico
Escrito no tempo sem ponto final.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 28/11/2011
Alterado em 29/11/2011