EXPECTATIVAS
EXPECTATIVAS
Crescemos com altas expectativas sobre a vida,
E não há nada errado (ou certo) nisso,
Fazemos dos sonhos hipóteses alcançáveis ou não,
Criamos personagens dentro ou fora de nós,
Rabiscando um riso veloz entre os dias que vão,
Entre as tardes que ficam nas ante-salas da memória,
Como reflexos futuros de algum passado eterno...
E gostaríamos muito de ver o invisível,
Gostaríamos de sentir toda a insensível arte do inacreditável,
Gostaríamos mais e mais de ganhar o imperdível,
Até porque não tem fim todo desejo impalpável,
E, assim, queremos, e queremos (e queremos),
Por muito mais, ou por menos, o espetacular e inalcançável
Ápice infinito de qualquer milagre...
E com um grito, tentamos calar mistérios,
Tentamos explicar o inexplicável,
Amamos o novo ainda que não seja "novo"
E, pelo mínimo, queremos o máximo,
O "máximo", ainda que sem retorno.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 16/10/2011
Alterado em 21/10/2011