UMA RUA CHAMADA FELICIDADE
UMA RUA NO INFINITO
por Juliana S. Valis
Pare de tentar explicar,
Você precisa sentir a vida,
Sentir a imensidão do mar
Refletir no tempo a melhor saída...
Pare de tentar calcular,
Você não precisa medir mais nada,
E o silêncio, no fundo, é a paz que brada
A profundidade do seu olhar...
Eu sei, muitas coisas não dão certo,
E os dias passam sem explicação,
Mas o amor que vem, de longe ou perto,
Procura na alma a sua direção...
Queria desenhar uma rua no infinito,
Onde a felicidade fosse a lei maior,
Onde ninguém estivesse só,
Onde o espírito não ficasse aflito...
Sim, uma rua infinita no infinito,
Infinitamente humana, no passo mais prudente,
No compasso de luz, que já repito,
Ultrapassar a razão de toda gente !
E essa rua não teria começo nem fim,
Não teria brigas, nem a discórdia que invade,
Não teria lixo nem luxo, no quintal ou jardim,
Teria alegria, pra você ou pra mim, cedo ou mais tarde,
E teria, sobretudo, a paz, simples assim,
Nessa rua chamada "felicidade"...
Eu sei, você provavelmente quer
Que eu explique "onde",
Ou "como", ou "quando",
Mas o segredo que a vida esconde
Não se explica só "falando",
E eu também não sei o endereço exato
Dessa rua que o pensamento invade,
Só sei que é preciso abrir as portas da alma
Pra essa rua chamada felicidade.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 16/01/2011
Alterado em 16/01/2011