CHUVAS DE JANEIRO
Talvez as chuvas sejam apenas lágrimas,
Lágrimas da Terra, lágrimas de Deus,
Ao ver os humanos sempre tão frios,
E a frieza sempre tão cheia de véus
Que muito sentimento se perdeu entre os rios
De reflexos, nos arranha-céus...
E tantas pessoas perdem o pouco que têm,
Tantas pessoas se perdem nos temporais de um só dia,
No mesmo perigo que o tempo anuncia,
Desafiando a verdade do que seja este "bem"
Imperecível, incerto, chamado "alegria"...
É difícil pensar que nada dura pra sempre,
É difícil pensar que podemos demorar anos e anos
Para construir uma família, um lar, no fundo,
Quando, em mais ou menos um segundo,
Pode toda a vida desabar...
Por tudo isso, ajudar é preciso,
Estender a mão, de qualquer forma,
Abrir o coração e as mentes
A todos aqueles que estão passando dificuldades
Resultantes das intempéries, das enchentes,
E ajudar é o modo mais prudente
De vivenciarmos a plenitude do altruísmo.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 14/01/2011
Alterado em 17/01/2011