A PRÓPRIA ARTE...
Preciso reencontrar-te,
Ainda que nada se encontre,
Preciso de toda arte
Que reflita luz em toda mente,
Em todo lado, em toda parte,
Em todo sonho, de repente,
Como o lídimo estandarte
De um pensamento prudente...
Sim, eu preciso reencontrar-te, apenas,
Sentido maior que todos os sentidos,
Sentido de luz entre as horas pequenas,
Sentido essencial nos sonhos contidos,
Abrigo de fé muito além dos dilemas,
Sentido repleto de sentimentos vividos !
Preciso reencontrar-te logo
Porque tu és a própria arte do riso,
A essência invisível que reparte meu grito,
No próprio mar da alma que dança,
Ao som dessa orquestra do infinito...
Preciso reencontrar-te,
Ainda que nada se encontre,
Ainda que tudo seja apenas parte
De um pensamento ofegante,
De um silêncio gritante,
De um muro oscilante entre noites e dias...
Sim, entre estrelas mornas ou frias, preciso reencontrar-te,
Porque tu és a grande arte de saber viver,
De saber lutar pelo sonho que reparte
A paz esplêndida do amanhecer.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 12/01/2011
Alterado em 17/01/2011