LETRAS NO MISTÉRIO DO INFINITO
LETRAS NO MISTÉRIO DO INFINITO
por Juliana S. Valis
Letras desabam lá no alto, entre as estrelas,
Procurando as luzes do mistério no infinito,
E quando os olhos, de fato, tentam vê-las,
O sonho solta a luz no mesmo grito
Que rege a música do universo,
Além do tempo mais aflito...
E, assim, o sentimento mais disperso,
Entre as horas mais humanas,
Ultrapassa o limite desse verso,
Nas sensações, nem sempre planas,
De amor, de paz ou de saudade...
E da mesma forma que as letras desabam,
Do mesmo modo que tudo se vai,
O silêncio se encontra nas noites perdem
Estrelas que fazem do infinito o seu pai !
Pois eu só quero contemplar, mais uma vez, o compasso
Das estrelas caindo lentamente no mar,
Só quero lançar mais um verso que faço
No universo do sonho, tão disperso no olhar.
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"Elle est retrouvée!
Quoi? L' éternité.
C'est la mar mêlée
Au soleil."
"Ela foi reencontrada !
Quem ? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol."
(Arthur Rimbaud, poeta francês)
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 05/12/2010
Alterado em 05/12/2010