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LETRAS DA MADRUGADA


Mais uma vez, as letras caem como estrelas

E tropeçam pelas horas da madrugada,

No tapete de ilusões, ao vê-las,

Voando céleres entre tudo e nada,

Como se eu sentisse emoções sem tê-las

Nessa minha alma tão inexplicada...


E, mais uma vez, as letras me escrevem

E me dizem o que eu não posso mais dizer,

Como se a madrugada me ensinasse a crescer,

No impasse entre a insônia e o cansaço,

Entre a pergunta e o porquê

Por trás de tudo que eu não faço,

Mas vou dormir no amanhecer

E mergulhar nas letras sem compasso,

Vou dormir (e renascer)

Como um pássaro sem laço.


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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 23/11/2010
Alterado em 23/11/2010
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