CONSTRUINDO MUNDOS
Transmutar a palavra
Como matéria - prima do sonho,
Sob infinitas formas, com ou sem rima,
Com ou sem métrica,
Até que ultrapasse nossa tétrica limitação
De conceder "sentido" exato a tudo...
Pois, ainda no sentimento mudo,
A palavra canta, sem pedir licença,
E, no ápice da alma, escolhe seu rumo,
Seu destino e seu emblema,
Emergindo das abstrações à vida,
No labirinto sem medida das emoções humanas...
Eis a palavra, a matéria - prima
De universos líricos profundos;
E o poeta, com ou sem rima,
É um grande construtor de mundos.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 26/10/2010
Alterado em 29/10/2010