NÃO FUJA...
Você pode até fugir da realidade,
Mas não pode fugir de si mesmo,
E sua mente pode vagar a esmo,
Como o sol que cai ao fim da tarde,
Mas será que a vida nos invade
Na proporção de nossos sonhos ?
Enquanto os dias se vão, sem calma,
A indagação que faz a alma
Remete sempre ao fato
De um sonho mais sensato
Revigorar as forças da mente
Como se algo, de repente,
Pudesse mesmo transcender
Essa inconstância de viver !
Sim, você pode até fugir da realidade,
Mas não pode fugir de si mesmo,
Nem de suas emoções, ao vê-las
Como um tapete infinito de estrelas,
Iluminando o grito máximo de qualquer verdade.
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Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 20/04/2010
Alterado em 02/05/2010