OLHE...
OLHE...
por Juliana S. Valis
De vez em quando, eu olho a vastidão do espaço
E, no ápice do infinito, meu pensamento encontra o seu,
Pra dizer à lua e às estrelas, no melhor compasso,
Que todo o amor não se perdeu,
E que o sentimento, mesmo sendo escasso,
É o alento humano que a vida concebeu...
De vez em quando me vem uma saudade
De tudo aquilo que eu não conheci,
Como se um réquiem de felicidade
Pudesse mesmo voar daqui
E dissipar a dúvida que nos invade
Quando ninguém sabe se vai chorar ou rir...
Hoje, porém, sei que o amor edifica seus mundos,
Apesar de toda dúvida humana, complexa ou furtiva,
O afeto pode durar sessenta anos ou sessenta segundos,
Desde que a chama da alma continue viva...
E busco, enfim, o seu olhar que acalma,
Vejo entre os sonhos o mar que leve
Qualquer resquício de dor na palma
Do todo amor, seja eterno ou breve.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 22/11/2009