DESCREVA O INFINITO
DESCREVA O INFINITO
Ontem sua mente deitou-se ávida no chão do infinito,
E sua alma debruçou-se sobre um tapete de estrelas
Brilhantes e belas, jogadas no acaso...
Seu silêncio refletia o meu, que refletia o mundo,
E, no profundo labirinto tempo, vagamos ilesos,
Por horas e horas, procurando o resquício de amor lá no fundo
Daquilo mesmo que nós costumávamos ser...
Mas, bem agora, entre as horas insones,
Escapam-me sonhos, versos e nomes,
Entre universos de paz que, um dia, tracei...
Hoje sopro letras, na esperança de escrevê-las
No ápice do céu, no sentimento aflito,
Pois sei que muito além de galáxias e estrelas,
Há mistérios nessa vida que se descrevem no infinito.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 01/11/2009