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ULTRAPASSAGEM METAFÍSICA III
ULTRAPASSAGEM METAFÍSICA III
por Juliana S. Valis
Na metafísica ultrapassagem da alma aqui, sem escudo,
Sou a sombra, a solidão e o suor de um sentimento sincero,
Sem qualquer tela digital, no pensamento trivial e tão mudo,
Será que o tempo separa o “bem” e o “mal” com muitíssimo esmero?
Pois, se aqui neste mundo, o dinheiro e o poder valem como “tudo”,
Prefiro ser apenas um pássaro simples, na liberdade que espero...
Pois, um dia, quero ultrapassar a trapaça de tudo,
Até que nada nos impeça de ultrapassar as estrelas,
Até que o grito mais justo deixe de ser sempre mudo,
Até que o infinito das cores nunca mais nos impeça de vê-las...
Vejamos, portanto, quando a paz ultrapassa
A barreira que embaça os sentidos da vida,
Tornando tudo tão denso quanto a glória e a graça,
Entre o riso e o pranto de uma batalha vencida !
Eis a saída, amigos, do templo das dores sós:
Ultrapassar as dimensões dos dilemas mundanos,
Ultrapassar os sentidos falsos do que somos nós,
No mar da essência, além de tantos planos...
E concretizar todos os sonhos que possam ser sonhados,
Antes que o tempo passe e simplesmente os leve,
Enquanto a mente joga os seus falíveis dados
Entre o não e o sim dessa existência breve...
Enfim, será possível ultrapassar o caos da humanidade
Sem medir a profundidade do que seja “o amor”?
Quando o espírito se ergue, nessa questão que lhe invade,
O próprio amor se declara, se profundo ele for.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 06/10/2009
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