SERÁ ?
(A todos os cidadãos do mundo)

Juliana S. Valis



Será que no íntimo de muitas pessoas ao redor do mundo,

Pulsa o desejo do respeito universal, que um dia,

Não será uma utopia trivial, mas um sentimento profundo

De um tempo de paz, sem violência nem xenofobia ?


Se verificarmos, com prudência, a alma não tem passaporte,

E o coração, fraco ou forte, pode ser apátrida na medida

Em que lute pela dignidade humana, do sul ao norte

Dessa tecnológica aldeia global, onde haja vida !


Pois de nada adianta negarmos o mesmo sangue vermelho

Que se derrama pelas ruas de tantos países, em atos insanos,

Como se a população mundial se ferisse, sem se ver pelo espelho

Da mesma espécie "homo sapiens" : somos todos humanos !


Seria sempre tão óbvio dizer que somos todos iguais,

Se, na via dos fatos, não existissem aqueles que se acham "demais",

Por motivos quaisquer, inverossímeis, fracos, banais,

Como se TODOS os cidadãos do mundo não fossem meros mortais.