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DETETIVE INVISÍVEL
DETETIVE INVISÍVEL
Juliana S. Valis
Às vezes, parece que a mente contrata
Algum detetive que astuciosamente procura
Um sentimento estranho, forte e sem nome,
Entre tudo e nada, entre razão e loucura,
No labirinto de uma emoção que some
Em algum coração que ainda sabe amar...
Sim, às vezes parece que a mente contrata
Algum detetive invisível de sentidos e sonhos,
Para investigar um fato que a realidade retrata
Em túneis paradoxais de risos tristonhos,
Nos imprecisos abismos de uma sensação abstrata !
E quando a visão simplesmente não corresponde à verdade,
Quando as palavras não dizem o que elas podem dizer,
Você contrataria um detetive na forma de um pensamento que invade
Todo o sentido profundo que a vida poderia ou pode lhe oferecer ?
Se tudo ultrapassa o sentido das horas,
Se nada revela o mistério do tempo,
O detetive invisível virá sem demoras
Vasculhar as pistas de qualquer sentimento...
Mas quando a vida nos dá tantos "foras",
Que detetive verá, na dor, algum fundamento ?
Talvez o declive entre o amor e a razão
Torne-se um grande enigma ao longo da vida,
No impasse oscilante das emoções que já vão
Procurando, na alma, felicidade e saída !
E, nesse momento, os detetives, quem são ?
Será que são invisíveis, como a emoção escondida ?
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 05/01/2009
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