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PLANOS DE PAZ
PLANOS DE PAZ
Juliana S. Valis



Entrelaço as contínuas linhas da vontade

E, com saudade, peço planos de uma paz

Que seja profunda, na alma e na verdade,

Como um tecido humano, limpo e tão voraz

Que o coração faça do amor a tempestade

Na emoção e na razão que o tempo traz !


E no espaço que nos escreve em tantos dias,

Nessa breve vida que temos pra valer,

Não adianta perder-se em lágrimas vazias;

Tampouco é útil fingir que não quer ver

O amor profundo, além das noites frias,

Além da dor, do egoísmo e do prazer...


Pois, bem ou mal, somos apenas humanos numa estrada

Tão incerta quanto a alegria dos verões

E tão vulnerável quanto a tristeza que nos brada

Quando nos perdemos em solitárias emoções !


Mas, enquanto fazemos nossos planos de paz,

Parece que o pranto se dilui em vontade

De evoluir, de sonhar, de crescer, e jamais

Entregar-se ao delírio do sofrimento que invade

A mente e a vida; mas existe um vento que traz

A esperança de um ano que seja melhor de verdade ?


Muito depende do que nós somos, de fato,

E do que fazemos ou faremos nessa batalha da vida;

Embora o mundo seja cruel, rude, insensato,

Também somos responsáveis pela realidade entendida

Como um desafio social, entre o céu e o asfalto,

Como um plano de paz que procura, humanamente, a saída.

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www.cultura-diversao.blogspot.com

poema registrado por Juliana Silva Valis
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 20/12/2008
Alterado em 21/12/2008
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