ENTRE RISOS E LÁGRIMAS
ENTRE RISOS E LÁGRIMAS
Juliana S. Valis
Todo sonho é meio e fim de uma esperança,
Como terno ápice de uma emoção a delirar,
Mas quando a dor na própria alma dança,
Sem calma, o verso se enlouquece ao mar...
E toda messe de ilusões profundamente humanas
Transformam-se, na mente, em sensações de enigma,
Corações se perdem nas cores tão mundanas
Que os amores desfalecem no que o céu consigna !
E quando sua alma suplicar mais luz,
Além da vã matéria que compõe o mundo,
Pergunte ao próprio tempo o que o amor conduz,
E qual sentido traduz o sonho mais profundo ?
Ah, sentimentos incautos nesta humana lida,
Voem como ventos nesses versos sós !
E perguntem em quais momentos desta nossa vida,
Encontraremos paz já transbordando em nós !
Sem pieguices, tudo é tão incerto
Quanto a própria lápide de seus anseios,
Transcendendo o paradoxo que se vê de perto,
Resquício em vida de seus fins e meios,
No verso que elucida o que não é concreto...
E, como todos nós, no mais efêmero dia,
Por vezes, você verá tristeza neste mundo insano;
Mas, sorria, meu grande amor, sorria,
Sorria por toda lágrima que lhe fez humano !
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poema registrado por Juliana S. Valis, copyright.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 17/11/2008
Alterado em 19/11/2008