SENTIDO E FORÇA DE EXPRESSÃO
Juliana S. Valis


Enquanto a vida passa tão célere, meu amigo,

Procure o “seu” próprio e maior sentido,

Entre sonhos e sentimentos, entre atos e soluções,

Entre risos e pensamentos, entre lágrimas e distrações,

Porque não são apenas ventos os vestígios de uma emoção,

Mas serão tão turbulentos os impactos de uma expressão?


E quando tudo parecer um pouco vão e absurdo,

Quando sua voz berrar, paradoxal, como um grito mudo,

Não pense que as emoções fugirão do tempo,

Enquanto os corações oscilam, entre a paz e o sofrimento...


Por trás das letras, portanto, perceba as infinitas dimensões

Do riso ou do pranto, em tantas emoções

Que não bastariam todas as letras para descrevê-las,

Quando os sentidos vão além de nós, ultrapassando estrelas!


Assim, muitos procuram “o sentido” da vida como seu escudo,

Como se houvesse um livro metafísico, repleto de respostas;

Mas não há apenas “um sentido”, universal e mudo,  

É você que constrói o seu “sentido”, em suas próprias apostas,

A partir dos seus atos e falas, e o destino é surdo;

Ou melhor, o destino é uma charada que o tempo conta pelas costas.