QUANDO A PAZ NOS INVADE


Não, não é preciso exagerar

A medida de um sonho sublime,

Pra que a vida seja intensamente um mar

De surpresas que o céu redime...


Também não é preciso vingar

Cada lágrima no oceano do tempo,

Na estrada que leve a qualquer lugar,

No destino breve de um sentimento !


Ah, se pudéssemos saber tudo,

Se tívessemos um réquiem da eternidade,

Talvez nosso coração não fosse mudo,

Talvez o escudo da alma viesse de verdade,

Numa simples tempestade do silêncio agudo,

Quando a paz sublime um dia nos invade.