POR QUE LIMITAR TUDO À MESMICE ?
Juliana S. Valis



Se pudéssemos dizer apenas

o conveniente nas aparências sós,

O que seria da vida em dores pequenas,

Ou estrondosas, desembocando em nós ?



Quando, assim, tudo está nublado,

Escuro e vago como um céu tristonho,

Vemos que, em nós, muito é limitado

No corpo, na alma, no fluir de um sonho...



E vemos no mundo tanta imundície

Que lá no fundo da alma, resta uma dúvida atroz:

Por que limitar tudo à mesmice,

Se podemos aprimorar o que há de humano em nós ?