ESPERA DA PAZ
A INTRIGANTE ESPERA DA PAZ
Juliana S. Valis
Apesar dos inúmeros problemas
Que cabem no escarcéu do mundo,
É possível ver nas emoções serenas
Um resquício do que é profundo,
Além de tantas dores e dilemas,
Em cores sós do amanhecer fecundo !
Apesar de tanto caos e sofrimento,
Além do pranto, resta a esperança
Da paz que dança neste sonho lento,
Anunciando a luz da vida que te alcança,
Como uma lembrança só, lançada ao vento,
Na estrada indene de qualquer criança...
E quando a fé vier trazer certeza
Do que seja um simples sentimento humano,
Verás sentido além do mundo insano,
Na paz que venha como correnteza !
Pois do que adianta apenas reclamar,
Sem lutar, de fato, contra a dor que invade
Toda a cor humana da realidade,
Diluindo o tempo no infinito mar?
Nenhum grito se perde sem que surpreenda
O cerne de uma alma imensa e tão loquaz,
Dizendo que a felicidade humana não é lenda,
Se soubermos, sim, edificar a paz
Em cada breve dia, como uma oferenda
Que a esperança brada, sem dizer “jamais”.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 02/07/2008