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LÁGRIMAS COLETIVAS
LÁGRIMAS COLETIVAS
Juliana S. Valis


Mais uma vez, cerca-nos a realidade,

Enquanto a violência corre pelas ruas,

Como um pranto que já nos invade,

Sem digerir as intempéries cruas,

Sem discernir, no caos de uma cidade,

Onde estão as lágrimas e palavras suas...



E toda chama de esperança humana,

Toda dor que se converte em vida,

Todo amor que a alma nos aclama,

Um dia, pedem uma só saída,

Perguntando ao tempo se a tolice plana

Será vencida pela paz altiva...



Indefinida, pois, é a correnteza

Dos dias céleres que nos levam sós,

Tentando ver onde não há tristeza,

Onde o coração tenha sua própria voz,

Na emoção que esconde a sutileza

Da grande incógnita embutida em nós.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 25/06/2008
Alterado em 25/06/2008
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