ATÉ QUANDO ?
ATÉ QUANDO ?
Juliana S. Valis
Até quando esperaremos migalhas da sorte ?
Até quando veremos lágrimas do mundo ?
Se não há um sonho que nos importe,
Como viver o que é profundo ?
Como transcender a própria morte
No tempo efêmero e fecundo ?
Até quando sentiremos na alma
Tantos reflexos de emoções fugazes,
Como vulcões que nenhum ato acalma
No epicentro de noções loquazes ?
Ah, sofrem tantos corações na vida,
Suplicando paz além da tempestade,
Quando a própria música que a fé abriga
Vem tão célere que já nos invade
E, sem licença, um dia nos convida
A decifrar a própria humanidade !
Não, não é mais possível desconsiderar
Os bilhões que sofrem pelo mundo afora,
Enquanto poucos vivem neste mar
Do luxo imundo, à custa de quem chora.
Juliana Silva Valis
Enviado por Juliana Silva Valis em 31/05/2008